sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ainda não escrevi esse ano.
Mas aí, lembrei que preciso confessar algo. Perdi a fé em Deus. Serião. Nunca achei que fosse acontecer, mas tudo me leva a crer que inexiste algo do lado de lá. Não contei a ninguém, estou envergonhada. Engolindo. Me odiando.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Resolvi pegar carona no blog da Lola e do Salo Carvalho na discussão a respeito da propaganda de uma marca aí de camisinhas (que nem sei qual mais). Lembro de acompanhar pelo twitter uma postagem do blogueiro Ande - ele manifestava sua indignação diante tal propaganda. Li, reli os comentários... claro, indignada. Mas a pressa me tirou do computador e depois deixei o assunto de lado. Como sigo os blogs citados, acabei me deparando com uma oportunidade de participar (por que não?) publicamente da discussão ao ver que o assunto tinha alcançado outros patamares.
Passei a vida inteira tentando fugir dessa maldição que insiste em perpetuar o universo feminino, a maldição da submissão, a maldição do "não faça isso para não ficar mal falada", a maldição das piadas imbecis e misóginas, a maldição da violência descarada contra as mulheres, enfim, a maldição do MACHISMO.
Minha mãe passou 15 anos com um homem bêbado e violento pois tinha medo de ser rotulada como "separada". Uma de minhas tias apanhou desde a noite de núpcias, o que não foi suficiente para se separar e deixar de ter dois filhos com o homem mais nojento do universo. Outra tia, não menos submissa, viu seu casamento de 20 anos ir para o ralo depois que descobriu que seu marido se envolveu com todas as suas amigas dentro de sua própria casa. Os filhos dessas uniões? Todos MACHÕES, COMEDORES, perderam suas "cabaças" com garotas de programa. Motivo de orgulho até hoje nas rodas familiares. As filhas? Quase todas sonhavam em se casar, algumas conseguiram, vivem com homens idênticos aos seus pais e aos ideais de suas mães. Outras já passaram dessa fase e se separaram e por último, não menos submissas, as que ainda estão solteiras e namoram há anos os mesmos paspalhos, que partilham do mesmo comportamento histórico...
Voltando à minha realidade, passei vários anos tentando mostrar para minha família tal problemática. Tentei fazer com que enxergassem que a mulher é livre desde que nasceu, que a mulher depende apenas dela mesma para fazer qualquer coisa, que a mulher (como elas) consegue ser independente financeiramente e que esse é um dos bens mais preciosos que se pode ter, que a mulher pode e deve fazer o que quiser, com quem quiser, quando e onde bem entender.
Bom, não consegui nada disso. No máximo, um "você não sabe de nada, a vida é assim". Isso não me abalou. Pelo contrário, me fortaleceu. Mas também não fui uma pessoa esclarecida a vida toda. Quando jovem, achava que a vida era aquela que eles me mostraram. Foi graças ao meu esforço em estudar, sair da bolha, conhecer novos lugares e outras pessoas que consegui finalmente entender o que era ser mulher, o que era ser uma pessoa que merece e deve ser respeitada independente do sexo.
Nesse meio tempo, por surpresa conheci meu marido, que é mais feminista que muitas feministas declaradas que conheço por aí (o que eu sei que é raro, mas não impossível). Sim, reconheço que tive sorte. Mas sabemos que isso não é tudo, a vida precisa ser completa sem depender de outras pessoas... e é disso que se trata ser mulher, ser feliz sem ficar preocupada com o que as pessoas estão pensando, falando ou qualquer 'ando' de você, porque é um direito SEU. Ser mulher, é dizer NÃO à essas propagandas de camisinha que diminuem a importância feminina, é não aceitar a cultura do estupro (como a Lola descreve bem nesse texto aqui) e o mais importante, se amar... mas se amar de verdade, sem medos ou receios... SEJA LIVRE.

sábado, 23 de junho de 2012

Bom, sempre é difícil começar um blog. Já comecei e nunca postei em, no mínimo, 10 deles. Tudo bem, a vida também é assim, incompleta. Também já tive outros 8 blogs polêmicos e como nada nesse mundo é justo, fui obrigada e deletá-los.
Esse daqui nasceu pois temos que viver civilizados, preciso falar, nem que seja sozinha.